segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Qual é a sua inteligência?

Assim como a memória nos faz ser quem somos, situando-nos no tempo e espaço,  a inteligência é a capacidade de pensar racionalmente e agirmos em  direção ao que desejamos. Para isso, necessitamos das competências mentais desenvolvidas ao longo do tempo.

A  inteligência conceituada por Howard Gardner, psicólogo americano, leva em conta o potencial biopsicológico para processar informações, solucionar problemas ou criar produtos. È o que ele chama de potencialidades humanas não devendo o individuo ser julgado apenas por seu quoeficiente de inteligência (QI). Essas avaliações psicométricas não levam em conta uma habilidade mental mais desenvolvida do que outra, consideram como pontuação a inteligência lógico-matemática e a linguagem.

Sendo assim, seria considerado mais inteligente quem possuísse maior habilidade em cálculos do que em português? Não de acordo com o psicólogo. Ele desenvolveu a teoria das múltiplas inteligências ressaltando o potencial em cada sujeito de maneira diferenciada. Todas são importantes na nossa vida social, mas não quer dizer que, necessariamente, tenhamos todas elas.

Todos temos mais habilidades em algumas coisas e menos em outras. Podemos chamar de pontos fortes as atividades que desenvolvemos sem maiores problemas; e de habilidades a serem desenvolvidas, àquelas que  temos ainda certa dificuldade em desempenhar. O importante é lembrar que todos têm suas próprias potencialidades sendo estimuladas e desenvolvidas de acordo com o ambiente em que estão inseridos.

As inteligências identificadas por Gardner foram:

idadecerta.com.br
1) Verbal-linguistica: caracterizado por domínio e gosto por idiomas e pelas palavras, como poetas, filósofos;
2) Lógico-matemática: pessoas que possuem habilidade para raciocínio dedutivo para solucionar equações  matemáticas;
3) Visual-espacial:  pessoas que conseguem transformar o que vêm transformando e recriando o mundo ao seu redor como escultores, arquitetos.
4) Musical: pessoas que compõem músicas, lêem partituras e conseguem repetir a música “de ouvido” no instrumento;
5) Interpessoal:  expressada pela competência em entender os outros, seus desejos;
6) Intrapessoal: capacidade de se entender, de se avaliar, de se autoconhecer;
7) Naturalista: mais recente, caracterizada em compreender e classificar objetos e fenômenos da natureza (plantas, minerais, animais) como biólogos e geólogos

Embora ainda vista com certa desconfiança entre profissionais de psicologia e educadores, não podemos deixar de notar sua importância quando o assunto é a valorização do ser biopsicossocial.

Lembramos mais uma vez que, o teste de QI não considera a avaliação de diversas funções cognitivas que podem estar seletivamente falhas, como: a atenção, as funções motoras e as funções executivas (Lezak, 1983). O neuropsicólogo possui instrumentos de avaliação que permitem explorar outras capacidades do indivíduo indicando as áreas de força e fraqueza.

Espero que com este post possamos pensar sobre nossas potencialidades bem desenvolvidas sem ficarmos tristes por aquilo que ainda temos que nos aprimorar.

Beijos 


            




sexta-feira, 16 de setembro de 2011

A Idade do Cérebro

 Percebemos que uma pessoa sem memória, praticamente não existe, uma vez que, é ela quem dá sentido a nossa vida. A memória é uma função neuropsicológica relacionada a nossa identidade, situando-nos no tempo e espaço, compartilhando conhecimentos em comum, relembrando fatos de nossa infância.

 Pensando sobre esse assunto, um programa da Globonews sobre tecnologia e ciência,  fez uma matéria sobre a idade do cérebro. Achei super interessante, uma vez que tem muito a ver com os estudos e as avaliações da neuropsicologia sobre a memória e o envelhecimento.

Segundo a editora e jornalista do caderno de ciências do New York Times, Susan Strauch, antigamente acreditava-se que com o envelhecimento, o cérebro perdia 30% das células. Isso, no entanto, não é considerado mais como atual, a maioria das células continua lá. Com o tempo, “perdemos interações químicas, ramificações, ocorrem certos declínios, mas no geral, o cérebro permanece intacto. (...) relata a editora.

Staruch ressalta ainda que, a meia-idade não traz somente perdas, mas ganhos muito importantes. Como por exemplo, a mielinização, que é o revestimento da célula por uma camada de gordura, aumentando a velocidade dos sinais. Acredita-se que, o revestimento dos neurônios e a rapidez das conexões são características da sabedoria da meia-idade.

De acordo com neurologista da UFRJ, Marcelo Py, as pessoas de meia-idade têm bom cérebro para resolver problemas, pois unem a experiência aprendida do passado com coisas novas do presente. Agregam informações ao que já sabiam constituindo um banco de dados maior do que o do jovem.

fernandonogueiracosta.wordpress.com
E ainda tem mais, pessoas de meia-idade costumam ver o futuro de maneira mais otimista do que o jovem, pois estes ainda não têm a experiência necessária e a certeza do que desejam se profissionalizar no futuro. As duvidas são muitas e as angustias também. Embora aprendam de forma mais rápida do que pessoas de meia-idade, ainda não conseguem agregar todo esse conhecimento de maneira uniforme como àquelas  mais velhas.

Um exemplo disso são as empresas que voltaram a contratar funcionários aposentados para atuar no antigo setor. Os jovens contratados não sabem como lidar ou não têm experiência naquela área. Vieram de concurso público no qual exige conhecimento teórico e não prático para uma área específica.

Dessa forma, vemos que os 40 anos estão com a “bola toda” e cada vez mais requisitados quando o assunto é experiência.