domingo, 25 de dezembro de 2011

O ano termina e começa outra vez...

O  ano chegou ao fim, foram 365 dias de vitórias, derrotas, cansaços, alegrias, tristezas, boas notícias, más notícias, tudo misturado no decorrer dos meses. No entanto, o que parece ruim para alguns, para mim é a chance de fazer melhor. Quem sabe um novo começo ou a chance de errar menos e aprender mais; continuar de onde parou ou mudar totalmente sua estratégia ...

Confesso que do Natal não sou muito fã, não que a data me aborreça, mas o fato do quanto às pessoas se esquecem do verdadeiro motivo de festejo e saem frenéticas à caça de presentes e comidas. O que é isso? Voltamos aos estudos de Darwin?!  Não que presentear não seja algo simbólico como uma lembrança, um carinho, de alguém que gostamos e resolvemos demonstrar nosso afeto. O que me entristece é ver pessoas fazendo no fim de ano conjunturas e profecias para o próximo que vai chegar de forma desesperada. 

O fim do mundo não está próximo, como os Mayas pensavam, e a cada ano novo podemos reavaliar nossas metas e incluir outras mais em nosso pote do desejo. Não há nada de mais em querer uma vida melhor, em viajar, ter um emprego que pague mais... Mas, pedir não vai mudar nada, temos que fazer algo para que aconteça.

Termino este último post  de 2011 desejando paz, juízo, compreensão e respeito, pois acredito que sem esses elementos não poderemos acreditar em nós e nem nas pessoas que nos cercam. O novo ano não muda nada em nossa vida, é mais uma contagem até chegar ao número 365. Lembremos que quem muda somos nós, somente quem age e se movimenta é capaz de mudar.




segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Uma dose de autocontrole, por favor?

Ao assistir ao programa da Globonews sobre autocontrole  e sobre como resistir às tentações do dia a dia com a participação de especialistas no assunto, achei interessante e resolvi falar um pouco sobre o que foi abordado.
Imagens Google

O cérebro é o responsável por nosso comportamento e por nosso sucesso e fracasso em tudo aquilo que nos dispusemos a fazer. É ele quem controla nossas emoções e reações diante do impulso ou da resistência em comer, trabalhar ou comprar compulsivamente. Tudo isso tem relação com a dopamina, uma substância que se espalha por todo cérebro dando a sensação de prazer, sendo difícil lutar contra ela.

Podemos perguntar: Por que é tão difícil lutar contra a tentação? Por que é tão instigante para o cérebro a sensação do prazer? Segundo o Psiquiatra Adriano Segal, diretor de Psiquiatria e Transtornos Alimentares da Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica, na cidade de São Paulo, desde os primórdios, fomos acostumados a lutar pela comida e, como esta era escassa, necessitávamos comer em grande quantidade. Com a evolução da humanidade, o alimento tornou-se mais fácil, assim como a variedade e a oferta. No entanto, nosso cérebro, desde a época dos Australopithecus, ainda conserva a mesma essência “do comer mais para acumular gordura”, sendo a diminuição da alimentação interpretada como ameaça à vida.  Isso quer dizer que tudo que nos dá prazer está ligado à nossa sobrevivência ou à procriação, essa herança nos persegue por toda eternidade, não sendo fácil nos livrarmos das calorias dos tempos das cavernas.

Pensamos então em como lutar contra nós mesmos, já que faz parte de nosso DNA, a busca pelo alimento. Para Lilian Mara, orientadora do Vigilante do Peso, “não deve haver alimento proibido, desde que se tenha uma liderança em relação a ele, criando um ambiente de apoio, hábitos mais saudáveis e coloque em nosso cotidiano, esse enfrentamento.” Sabemos que o prazer é fundamental para nós e que, de vez em quando, necessitamos dessa dopamina, dessa descarga para ter sensação de bem estar.

Imagens Google
Para Analice Gigliotti, Psiquiatra da Santa Casa de Misericórdia do Rio e chefe do Setor de Dependência Química, “o ideal é a pessoa fazer o máximo de exercício físico, além de conhecer a si mesmo no sentido de perceber que tudo aquilo que é imediato é muito pequeno em relação a algo maior.” Podemos encontrar outras formas de prazer na vida sem exagerar nas coisas que gostamos de fazer, nos equilibrando de maneira positiva. A psiquiatra fala ainda sobre o conceito da “roda do bem estar”, abordando sobre o que é o ideal para nós. Esta relata que todos nós devemos ter uma vida espiritual e social, uma vida de lazer, uma vida profissional  e ainda cuidar da nossa saúde. O segredo é ter todos esses elementos equilibrados para que a roda gire de maneira correta. O buraco em um desses elementos irá fazer com que o preenchamos com algum prazer excessivo.

Achei interessante essa comparação com a roda, pois sabemos que se há um furo, por exemplo, no pneu do carro ou da bicicleta, ambos não irão trabalhar de maneira correta e irão nos atrasar, pois teremos que trocar o pneu.

Diante disso, fiquei pensando se haveria como desenvolver o autocontrole e, para minha alegria, de acordo com o psiquiatra Adriano Segal, sim. Através de treinos desde a tenra infância colocando limites nas ações dos nossos filhos e até em nós mesmos, aprendendo a dizer mais nãos. Isso facilita o controle, mas leva tempo e muito treino.

Para os adultos, a Drª Analice recomenda usar quatro verbos para praticar o autocontrole: evitar, escapar, distrair, adiar. Evitar expor-se ao ambiente que pode desencadear falta de controle; escapar de situações semelhantes; distrair seus olhares para coisas que não têm a ver com aquilo que desencadeia a falta de controle e adiar a sensação de prazer. Ela explica que, neste último, esse desejo forte como a fissura, por exemplo, tem um tempo limitado, por isso, adiar é a melhor solução.

Que saibamos ponderar nossas escolhas, agindo com equilíbrio em nossas vidas.