segunda-feira, 27 de junho de 2011

Por que comemos?


Antes de mais nada, devo responder a pergunta: comemos porque temos fome, certo?
Mais ou menos.... Bom, comer é o ato que nos faz lembrar da família, pelo menos há um um século era assim, nos lembra a um ritual em que todos estão reunidos ali em prol de algo comum. È o momento da conversa, de saber como foi na escola do filho, de contar como conseguiu superar uma situação difícil no trabalho....

E por isso, mesmo sem fome, comemos para participar desse "acontecimento". Estarmos com o outro, termos a companhia  de quem gostamos é algo prazeroso.

Lembramos que antigamente, creio que uns 30 anos atrás ou menos, o bonito era ser "gordinho", a criança para ser considerada saudável devia ser assim. Lembro-me disso, porque eu era muito magrinha e minha avó mineira chamava atenção de minha mãe por eu parecer doente, com os braços magrinhos e pontudos. Mas eu não era doente, eu era saudável e acima de tudo, muito ativa em minhas brincadeiras.

Coletando dados para minha pesquisa sobre a obesidade no Brasil, descobri a Mulher de Willendorf.  É uma pequena estátua que remonta ao período Paleolítico Superior, descoberta em uma vasta região que vai da Sibéria à França e compreende também a Itália. A figura representa uma mulher obesa, nua, com seios grandes, abdome, coxas e glúteos muito opulentos, a vulva inchada e pronunciada. Naquele tempo, ser obeso era um privilegio raríssimo, por isso, pode-se entender a figura da Mulher de Willendorf como deusa-mãe, símbolo da fertilidade, com culto à obesidade feminina entendida como garantia de fecundidade.




E aí, podemos entender um pouco mais porque é tão difícil para nosso corpo aceitar comer pouco em vista de um ideal de beleza. O que se vê hoje é o horror ao corpo opulento e um culto exagerado a magreza. 
Ser magro tornou-se distinção social e portanto, algo tão almejado. Ser magro representa poder comprar roupas "onde todo mundo compra"; escolher uma blusa no tamanho disponível da loja e não no seu... e aí, a felicidade... de estar entre àquelas pessoas que usam o mesmo número que você.


Certa vez estava em uma loja de moda feminina bem conhecida no shopping aqui em Niteroi e uma moça com biotipo maior que o eu, queria o mesmo casaco que eu estava levando. No entanto, essa mesma peça, era única naquela loja e era eu que estava comprando. Muito sem graça, a moça pediu para experimentar e eu deixei. Sua tristeza logo ficou aparente, pois o casaco ficou apertado para seu tipo físico. Ela então, pediu um tamanho 44 para a vendedora, que disse NÃO TRABALHAR COM ESSE TAMANHO!! Sem ter o que fazer a moça foi embora sem nada dizer.


Quem nunca presenciou ou passou por isso? 


È importante entender que, apesar de todo o esforço, o corpo humano tende a manter o peso mais alto que já atingiu e por isso, economiza nas gorduras estocadas. Quando se tenta reduzí-las, isso é interpretado pelo cérebro como ameaça a integridade física.


Lembro-me de uma artigo de Drº Drauzio Varella que dizia :
"Perder peso é lutar contra a natureza humana"

Mas é para frente que se anda e quem quer mudar,  deve traçar metas realizáveis e tentar sempre se superar.

Bjos e ate semana que vem!!!!


 


quarta-feira, 22 de junho de 2011

ESTE BLOG DESTINA-SE A INFORMAR SOBRE PSICOLOGIA E NEUROPSICOLOGIA

Ola,

Meu nome é Kelvya, sou Jornalista e Psicóloga, com cursos na área de Psicologia Hospitalar (Santa Casa RJ) e Transtorno Alimentar e Obesidade (UERJ) e especialização em Neuropsicologia (Santa Casa RJ).

Trabalho como voluntária com comunidades carentes na cidade de Niterói atuando como psicóloga e tenho um espaço para atendimento particular. Nesse espaço trabalho com avaliações neuropsicológicas com adultos/idosos e também estou no hospital atendendo o mesmo público na área de psiquiatria.

Neste momento estou fazendo um projeto de pesquisa com pessoas que foram submetidas à cirurgia bariátrica há pelo menos 2 anos. Este projeto conta com a ajuda de mais 3 psicólogas e tem o objetivo de avaliar o controle de impulso e ansiedade pelos quais essas pessoas passam. Por que será que algumas engordam após 2 anos de cirurgia e outras nao? A obesidade é genética, comportamental ou apenas uma questão de hábitos alimentares? Pretendemos responder a essas  e mais outras questões com nossa pesquisa.