sexta-feira, 16 de setembro de 2011

A Idade do Cérebro

 Percebemos que uma pessoa sem memória, praticamente não existe, uma vez que, é ela quem dá sentido a nossa vida. A memória é uma função neuropsicológica relacionada a nossa identidade, situando-nos no tempo e espaço, compartilhando conhecimentos em comum, relembrando fatos de nossa infância.

 Pensando sobre esse assunto, um programa da Globonews sobre tecnologia e ciência,  fez uma matéria sobre a idade do cérebro. Achei super interessante, uma vez que tem muito a ver com os estudos e as avaliações da neuropsicologia sobre a memória e o envelhecimento.

Segundo a editora e jornalista do caderno de ciências do New York Times, Susan Strauch, antigamente acreditava-se que com o envelhecimento, o cérebro perdia 30% das células. Isso, no entanto, não é considerado mais como atual, a maioria das células continua lá. Com o tempo, “perdemos interações químicas, ramificações, ocorrem certos declínios, mas no geral, o cérebro permanece intacto. (...) relata a editora.

Staruch ressalta ainda que, a meia-idade não traz somente perdas, mas ganhos muito importantes. Como por exemplo, a mielinização, que é o revestimento da célula por uma camada de gordura, aumentando a velocidade dos sinais. Acredita-se que, o revestimento dos neurônios e a rapidez das conexões são características da sabedoria da meia-idade.

De acordo com neurologista da UFRJ, Marcelo Py, as pessoas de meia-idade têm bom cérebro para resolver problemas, pois unem a experiência aprendida do passado com coisas novas do presente. Agregam informações ao que já sabiam constituindo um banco de dados maior do que o do jovem.

fernandonogueiracosta.wordpress.com
E ainda tem mais, pessoas de meia-idade costumam ver o futuro de maneira mais otimista do que o jovem, pois estes ainda não têm a experiência necessária e a certeza do que desejam se profissionalizar no futuro. As duvidas são muitas e as angustias também. Embora aprendam de forma mais rápida do que pessoas de meia-idade, ainda não conseguem agregar todo esse conhecimento de maneira uniforme como àquelas  mais velhas.

Um exemplo disso são as empresas que voltaram a contratar funcionários aposentados para atuar no antigo setor. Os jovens contratados não sabem como lidar ou não têm experiência naquela área. Vieram de concurso público no qual exige conhecimento teórico e não prático para uma área específica.

Dessa forma, vemos que os 40 anos estão com a “bola toda” e cada vez mais requisitados quando o assunto é experiência.



Um comentário:

  1. Que legal essa materia,como eu estou recém chegada aos 40 anos,nãopoderia ler algomais interessante.
    Bjos.

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