Assim como a memória nos faz ser quem somos, situando-nos no tempo e espaço, a inteligência é a capacidade de pensar racionalmente e agirmos em direção ao que desejamos. Para isso, necessitamos das competências mentais desenvolvidas ao longo do tempo.
A inteligência conceituada por Howard Gardner, psicólogo americano, leva em conta o potencial biopsicológico para processar informações, solucionar problemas ou criar produtos. È o que ele chama de potencialidades humanas não devendo o individuo ser julgado apenas por seu quoeficiente de inteligência (QI). Essas avaliações psicométricas não levam em conta uma habilidade mental mais desenvolvida do que outra, consideram como pontuação a inteligência lógico-matemática e a linguagem.
Sendo assim, seria considerado mais inteligente quem possuísse maior habilidade em cálculos do que em português? Não de acordo com o psicólogo. Ele desenvolveu a teoria das múltiplas inteligências ressaltando o potencial em cada sujeito de maneira diferenciada. Todas são importantes na nossa vida social, mas não quer dizer que, necessariamente, tenhamos todas elas.
Todos temos mais habilidades em algumas coisas e menos em outras. Podemos chamar de pontos fortes as atividades que desenvolvemos sem maiores problemas; e de habilidades a serem desenvolvidas, àquelas que temos ainda certa dificuldade em desempenhar. O importante é lembrar que todos têm suas próprias potencialidades sendo estimuladas e desenvolvidas de acordo com o ambiente em que estão inseridos.
As inteligências identificadas por Gardner foram:
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2) Lógico-matemática: pessoas que possuem habilidade para raciocínio dedutivo para solucionar equações matemáticas;
3) Visual-espacial: pessoas que conseguem transformar o que vêm transformando e recriando o mundo ao seu redor como escultores, arquitetos.
4) Musical: pessoas que compõem músicas, lêem partituras e conseguem repetir a música “de ouvido” no instrumento;
5) Interpessoal: expressada pela competência em entender os outros, seus desejos;
6) Intrapessoal: capacidade de se entender, de se avaliar, de se autoconhecer;
7) Naturalista: mais recente, caracterizada em compreender e classificar objetos e fenômenos da natureza (plantas, minerais, animais) como biólogos e geólogos
Embora ainda vista com certa desconfiança entre profissionais de psicologia e educadores, não podemos deixar de notar sua importância quando o assunto é a valorização do ser biopsicossocial.
Lembramos mais uma vez que, o teste de QI não considera a avaliação de diversas funções cognitivas que podem estar seletivamente falhas, como: a atenção, as funções motoras e as funções executivas (Lezak, 1983). O neuropsicólogo possui instrumentos de avaliação que permitem explorar outras capacidades do indivíduo indicando as áreas de força e fraqueza.
Espero que com este post possamos pensar sobre nossas potencialidades bem desenvolvidas sem ficarmos tristes por aquilo que ainda temos que nos aprimorar.
Beijos
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