domingo, 22 de janeiro de 2012

Você tem fadiga mental?

A velocidade, o excesso de informações e a pressão para tomar decisões  podem provocar no organismo a  fadiga de decisão.  Questões como decidir com que roupa iremos ao casamento, sobre qual é a melhor marca de adoçantes, se devemos comprar aquele par de sapatos na liquidação ou se devemos poupar são informações processadas no cérebro, que pode ficar sobrecarregado com tantas perguntas.

Pessoas podem ser precipitadas e por isso, podem tomar decisões não acertadas por causa da fadiga da decisão, arrependendo-se depois. Segundo especialistas, é um cansaço mental  diferente do cansaço físico, faltando disposição para fazer as tarefas. De acordo com pesquisa nos EUA, todos nós temos um reserva de força de vontade, de resistir às tentações e uma reserva que nos ajuda a decidir. Como usamos muito essa reserva, tudo indicaria que as melhores decisões seriam tomadas na parte da manha e não na parte da noite.

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Segundo o neurocirurgião e doutor em medicina da USP, Marcos Stavale, quando temos que tomar uma decisão difícil, entra em ação o lobo frontal, responsável por estímulos externos e internos. Quando surge um problema, “recrutamos nossa memória analítica e a nossa memória afetiva e elaboramos nossa estratégia de resposta que saem pelos lobos frontais. A capacidade de tomar decisões tem relação com a capacidade de planejamento de futuro. Quando tomamos uma decisão, tomamos  consciência das problemáticas de nossos atos e aí, temos uma gama de possibilidades que podem gerar uma dificuldade na hora da decisão.”

Fátima Vasconcelos, chefe do setor de psiquiatria da Santa Casa de Misericórdia / RJ, acredita que devemos ter tempo para tomar nossas decisões, quanto mais ávidos estamos para arrumar uma solução mais erros cometemos. Ela alerta quanto a melhor parte do dia para se tomar as decisões e ressalta que isso varia de um a cultura para outra assim como do funcionamento de um sujeito para outro.

Tomada de decisão é conseqüência de um treinamento. Calma na escolha e uma avaliação qualitativa e quantitativa fazem parte de uma tomada de decisão e isso não deve ser feito sozinho, pois tende a mais erros. Pessoas depressivas tendem a ter problemas na decisão, pois o embotamento afetivo as impedem de ver mais claramente a solução do problema. O emocional está intimamente ligado a tomada de decisão, “a pessoa com estabilidade familiar consegue gerenciar riscos, tomar decisões e planejar o futuro. “ (Marcos Stavale)

Lembremos que descansar fisicamente também faz parte da renovação mental. Necessitamos de renovar as energias físicas para que possamos levantar e começar nossa jornada novamente, o descanso  do corpo também faz parte do processo de tomada de decisões.


Fonte: www.g1.com.br/globonews

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