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Por que é tão difícil esperar
para conseguir o que queremos? Como raciocinamos para obter algo especial no
agora?
As respostas não são nada fáceis
... Mas, podemos conjecturar que adiar a recompensa é algo muito complicado. No
vídeo vemos que a orientadora explica que se a criança esperar por um tempo
poderá ganhar mais um marshmallow, ficando com o total de dois. Portanto, se a
criança adia a recompensa imediata, tem um ganho futuro melhor. O problema é:
como avaliamos quanto isso nos custará a longo prazo e a curto prazo.
Outro exemplo simples é quando
resolvemos investir nosso dinheiro. A dúvida que surge é: qual aplicação é mais
rentável? Poupança ou fundo de renda fixa? As duas têm vantagens e
desvantagens, mas precisamos pensar em quanto tempo queremos esse dinheiro de
volta. Cientistas procuraram entender, através de um scanner cerebral, qual
sistema se importava com a recompensa imediata e qual racionalizava sobre o
período mais longo. E eles descobriram que as áreas cerebrais emocionalmente
ativadas pela escolha da recompensa imediata estava associada ao comportamento
impulsivo. Enquanto que, aqueles que optaram por uma recompensa tardia, com
retorno mais alto, “ativaram as áreas laterais do córtex envolvidas na cognição
superior e na deliberação. E quanto mais alta atividade nessas áreas laterais,
mais o participante se dispunha a adiar
a recompensa”. (Eagleman, p.128)
Como no vídeo, vemos exemplos de
crianças que pensam sem hesitar no aqui-agora, pois não vislumbram, em parte
pela idade, no que vem depois. Podemos nos referir aqui, às pessoas que iniciam
uma dieta e não conseguem seguir adiante. Sempre sucumbem relatando que
resistir à tentação é muito difícil e se culpam por isso. Sabem que não devem
comer, mas não conseguem resistir. Essas pessoas se deixam levar pela
recompensa imediata, porque é muito difícil mesmo! Há outros mecanismos
envolvidos no processo um pouco mais complicado e não vamos entrar no mérito da
questão.
Quando alguém resiste à tentação,
queremos saber como a pessoa conseguiu tal façanha e logo tentamos imitar suas
estratégias, no entanto, funcionamos de maneira heterogênea. Isso significa que
devemos descobrir como nós funcionamos para depois adotarmos um plano e,
consequentemente, uma estratégia para resistir à tentação.
Salientamos que
desejo/moralidade/consciência estão dentro de nós nos pressionando a cada
decisão e, portanto, não há um botão que podemos ligar e desligar quando
queremos. É preciso ponderar para acertar, ou, errar menos.
Referência Bibliográfica:
EAGLEMAN, David. Incógnito: as vidas secretas do cérebro. Rio de janeiro: Rocco, 2012.
Bem legal esse vídeo, já o conhecia e acho realmente bastante complexo ter persistência e dedicação, seja lá no que for.
ResponderExcluirBeijo e bom feriado
Oi Bruna,
ExcluirO video é antigo sim, mas é valido para usar como exemplo para nós e para os outros sobre como é dificil entender nossas reações diante do impulso.
Bjs