Uma reportagem interessante foi vinculada no site do G1 associando obesidade, diabetes e autismo. De acordo com um estudo nos EUA, o risco de se ter um a criança autista, chega a quase 67% quando a gestante é obesa e diabética se comparado a mães saudáveis, ou seja, com peso normal, sem diabetes ou hipertensão. Esse estudo foi conduzido por pesquisadores vinculados a UC Davis MIND Institute, na Califórnia, mas apesar deste dado importante, a pesquisa não alcançou significância estatística.
Para entender de maneira breve o que é o autismo, buscamos melhor entendimento em Scheuer, Andrade, Gorgati et al (2005) quando relatam que é “um alteração grave e complexa do desenvolvimento infantil e se manifesta entre os 18 e 36 meses de idade. (...) tem impacto (...) principalmente nas áreas de interação social, das habilidades comunicativas e do comportamento.”
Outros três estudos americanos, identificaram vários genes ligados ao autismo.
No primeiro, liderado por Matthew State, da Universidade Yale, descobriu-se mutações em genes expressados no cérebro que estão associados às doenças do espectro autista.
Outra, liderada por Mark Daly, da Faculdade de Medicina Harvard, em Boston, mostrou que muitas das mutações genéticas encontradas nos autistas não necessariamente causam o distúrbio.
Para Evan Eichler, da Universidade de Washington, quanto mais velho for o pai da criança, maior probabilidade desta desenvolver o transtorno autístico, ou seja, a maior parte das mutações tem origem paterna.
Os três trabalhos, todos de universidades dos EUA, tiveram como enfoque as chamadas mutações “de novo”, erros genéticos que surgem nos pacientes, mas que não estavam presentes em seus pais e se devem a fatores internos da própria célula. Isso quer dizer que as pesquisas foram desenvolvidas partindo da premissa de que esse transtorno não apresentava características familiares.
Seja como for, apesar de existirem concepções que assumem ser o autismo decorrente de alguma deficiência na estrutura cognitiva do indivíduo, não existe ainda um a base teórica comum para esta afirmação. ( Scheuer, Andrade, Gorgati et al, p. 202, 2005)
Fonte:
DSM IV
MELLO, CB; MIRANDA, MC; MUSZKAT, M. Neuropsicologia do Desenvolvimento. Editora Memnon:Sâo Paulo, 2005.
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