segunda-feira, 9 de abril de 2012

Novas pesquisas sobre o autismo

Uma reportagem interessante foi vinculada no site do G1 associando obesidade, diabetes e autismo. De acordo com um estudo nos EUA, o risco de se ter um a criança autista, chega a quase 67% quando a gestante é obesa e diabética se comparado a mães saudáveis, ou seja, com peso normal, sem diabetes ou hipertensão. Esse estudo foi conduzido por pesquisadores vinculados a UC Davis MIND Institute, na Califórnia, mas  apesar deste dado importante, a pesquisa não alcançou significância estatística.
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O estudo também descobriu que as crianças autistas filhas de mães diabéticas apresentaram mais prejuízos, como déficits na compreensão da linguagem, produção e comunicação, do que  as crianças com autismo nascidas de mães saudáveis. Além disso, pesquisadores descobriram que as crianças sem autismo nascidas de mães diabéticas também exibiram alterações na socialização com comprometimento na compreensão da linguagem e de produção, quando comparadas às crianças não-autistas de mulheres saudáveis.
Para entender de maneira breve o que é o autismo, buscamos melhor entendimento em Scheuer, Andrade, Gorgati et al (2005) quando relatam que é “um alteração grave e complexa do desenvolvimento infantil e se manifesta entre os 18 e 36 meses de idade. (...) tem impacto (...) principalmente nas áreas de interação social, das habilidades comunicativas e do comportamento.”
Apesar do DSM IV ( Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) relatar que pode ser observado esse transtorno em associação com uma doença neurológica ou outra condição médica geral (fenilcetonúria, esclerose tuberculosa, síndrome do X frágil) não indicou que a obesidade e nem o diabetes poderiam estar associados ao autismo.
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 Outros três estudos americanos, identificaram vários genes ligados ao autismo.
No primeiro, liderado por Matthew State, da Universidade Yale, descobriu-se mutações em genes expressados no cérebro que estão associados às doenças do espectro autista.
Outra, liderada por Mark Daly, da Faculdade de Medicina Harvard, em Boston, mostrou que muitas das mutações genéticas encontradas nos autistas não necessariamente causam o distúrbio.
Para Evan Eichler, da Universidade de Washington, quanto mais velho for o pai da criança, maior probabilidade desta desenvolver o transtorno autístico, ou seja, a maior parte das mutações tem origem paterna.
Os três trabalhos, todos de universidades dos EUA, tiveram como enfoque as chamadas mutações “de novo”, erros genéticos que surgem nos pacientes, mas que não estavam presentes em seus pais e se devem a fatores internos da própria célula. Isso quer dizer que as pesquisas foram desenvolvidas partindo da premissa de que esse transtorno não apresentava características familiares.
Seja como for, apesar de existirem concepções que assumem ser o autismo decorrente de alguma deficiência na estrutura cognitiva do indivíduo, não existe ainda um a base teórica comum para esta afirmação. ( Scheuer, Andrade, Gorgati et al, p. 202, 2005)

 Fonte:
DSM IV
MELLO, CB; MIRANDA, MC; MUSZKAT, M. Neuropsicologia do Desenvolvimento. Editora Memnon:Sâo Paulo, 2005.

 

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