sábado, 22 de outubro de 2011

Onde estive ontem? Eu te conheço?

Provavelmente você já se perguntou isso algumas vezes e ficou sem resposta, não é?Vamos dar seguimento ao post anterior falando sobre a memória e como a falta desta afeta nossa relação com o mundo.

Todas as vezes que nos referimos a memória, devemos associar a :
Fixação – capacidade de gravar novas informações;
Evocação – capacidade de agregar atualizar informações às que já existiam;
Reconhecimento – capacidade de recordar uma imagem.

neuropsicologia.net
Nós, sem isso, não somos nada. Quando há uma alteração na fixação e na evocação, podemos desenvolver a amnésia(abolição da memória); a hippomnesia (enfraquecimento da memória); a hipermnésia ( exagero patológico da evocação); dismnesia( pertubação da fixação e evocação). Voltamos a lembrar da publicação do post anterior em que falava sobre pessoas que sofreram lesões em determinada parte do cérebro e tiveram sua memória afetada. Hoje é comum falarmos em amnésia anterógrada (quando a pessoas não se lembra de fatos depois do evento traumático), amnésia retrógrada ( em que a pessoa não se lembra de coisa alguma antes do trauma) e amnésia retroanterógrada ( quando a pessoa não se lembra de nada antes e nem depois do fator desencadeador do trauma).


www.nyt.com
Quando falamos em disfunção no reconhecimento, estamos nos referindo às agnosias (transtorno de reconhecimento de imagem, sem que haja defeitos sensoriais e quando o objeto é familiar a pessoa) e paramnésias ( quando se trata de imagens criadas pela fantasia aceitas como recordação de acontecimentos reais. Ex: dejá vi). Dentre tantos problemas de reconhecimento geradores de estresse, gostaria de mencionar a prosopagnosia (é o não reconhecimento de faces) acarretado por uma um derrame ou  lesão na cabeça. Nesta, o sujeito enxerga um borrão no lugar da face de outras pessoas, inclusiva a sua própria, sendo impossível identificá-la. È evidente que existem outras mais, no entanto, não é nosso intuito falar de todas as agnosias estudadas na literatura aqui. Mencionei esta pelo fato do sujeito não reconhecer as pessoas da própria família, tendo que prestar atenção em coisas muito sutis para fazer a identificação. O sujeito, para descobrir quem é a pessoa com quem está falando, necessita de um olhar e uma escuta minuciosa para distinguir tipo de cabelo, a cor, a forma; se a pessoa é alta ou baixa; se o tom da voz é agudo ou rouco; o formato das mãos entre outras observações. Portanto, vemos que é preciso grande esforço para continuar interagindo com amigos e entes queridos sem que seja desconectado das relações sociais.

Beijos e  até mais.

Referência Bibliografica:
CUNHA. Jurema Alcides. Psicodiagnóstico V






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